Grande potencial energético do Brasil está no Sol, diz especialista no segundo dia do Fórum GD - Região Norte

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Carlos Enrique Franco Amastha foi um dos especialistas presentes no evento exclusivo para o setor de geração distribuída está semana em Palmas, no Tocantins

A produção de energia limpa através do sol tem se mostrado cada vez mais vantajosa para o mercado. Assim como se destacado também na matriz energética brasileira, onde 18,6 GW de energia solar operacional já está registrada pela Agência Nacional Energia Elétrica (ANEEL). Os dados incluem tanto a produção de GD como as usinas centralizadas.

Durante a 16ª edição do Fórum GD - Região Norte, o ex prefeito de Palmas, Carlos Enrique Franco Amastha destacou o potencial do país para a produção através da GD, mas o quanto o seu potencial ainda é pouco explorado. O especialista reforçou que em sua gestão, a criação da lei complementar nº 327, que criou o Palmas Solar, se fez necessária para o desenvolvimento da fonte, bem como para todo o aproveitamento energético do município.

Amastha destaca que o desenvolvimento da GD no país demorou muito para acontecer, visto que o país conta com uma das contas de energia elétrica mais caras do mundo, mas em contrapartida com um dos potenciais mais fortes para o desenvolvimento da fonte solar também.

“Demorou muito para acontecer. Eu sempre digo que este negócio ele demorou muito por um simples motivo: porque o sol é um commoditie de terceiro mundo né. Se esse sol maravilhoso estivesse na Áustria, na Austrália teria sido muito mais rápido certo. Mas como é um commoditie de terceiro mundo, demorou muito mais para se desenvolver” explica Amastha.

O especialista ainda reforçou que o setor, independente da nova lei que entrará em vigor, precisará ir para cima, assim como obter um representante para mudar a realidade que o país está enfrentando.

“A gente precisa induzir que o crescimento do Brasil e do mundo depende de energia e nós temos a solução” reforça ele.

Amastha destaca que o grande potencial energético do Brasil está no Sol. Para ele a crise hídrica será cada vez mais constante devido o aquecimento global. Assim, focar em alternativas sustentáveis que hajam de igual para igual é extremamente importante.

“Falta chuva e do outro lado tem mais sol. É proporção direta. Vai com o aquecimento que é indiscutível, eu acho que essa falta de chuva vai acontecer cada vez mais e cada vez mais teremos mais sol. Então o nosso grande potencial está nesse sol e não depender das hidroelétricas para a geração” reforça ele.

O especialista também explicou que ainda existem muitos entraves para o setor solar no Brasil e que precisam ser esclarecidos. Uma delas, por exemplo, diz respeito a tributação dos equipamentos fotovoltaicos, assim como da mobilidade elétrica.

Durante sua palestra, Amastha reforçou o quanto faltam iniciativas públicas para isso, uma vez que ainda existem incentivos fortes para indústrias automobilísticas a combustão, enquanto o futuro já se mostra renovável para driblar as emissões de gases poluentes. Para ele isso é brigar com o futuro.

“Eu não consigo acreditar que uma política econômica que não leva em consideração o que realmente importante para esse país. A gente viu no governo passado de São Paulo subsídios de 4 bilhões de reais para manter a indústria automobilística a combustão. Se eu fosse governador eu pegava esses mesmos 4 bilhões para trazer indústria de carro não poluentes e elétricos gente. Não é óbvio? Você ficar brigando com o futuro. Você querendo lutar contra o óbvio, contra o evidente” explica o especialista.

A palestra completa de Amastha estará disponível em breve no Canal do YouTube do Grupo FRG Mídias & Eventos.


Fonte: Fórum GD - Região Norte

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