A produção de energia limpa através da micro e mini geração de energia está crescendo consideravelmente no último ano. Dados da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) inclusive já revelam que a fonte sozinha é responsável por mais de 14 GW de energia limpa, sendo a maioria gerada a partir de painéis fotovoltaicos. Fato é que a entrada em vigor da lei 14.300, a qual intitula o Marco Legal da Geração Distribuída, vem trazendo inúmeras dúvidas ao setor, visto que prevê uma possível “taxação do sol”. Com ênfase neste contexto é que a sétima edição do Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD 2022) acontece em novembro.O evento, que está confirmado para os dias 09 e 10 de novembro, na Expo Minas em Belo Horizonte, Minas Gerais, trará especialistas de peso para debater o assunto, bem como mostrar que ainda assim existem oportunidades importantes no que diz respeito a instalação e negócios antes da possível taxação, bem como após ela também. Frederico Boschin, conselheiro da ABGD, assim como conselheiro e Diretor Técnico do SindienergiaRS e diretor-executivo da Noale Energia, explica que o que vai acontecer após janeiro de 2023 é o início da cobrança pelo uso do sistema de distribuição e não o imposto em si.“Isso quer dizer que quando a gente consome energia elétrica existe um conceito de energia e um conceito de serviço. A energia elétrica que circula neste fio ela é um produto e o uso do fio em si, é um serviço. E pelo serviço existe no setor elétrico uma tarifa de uso deste serviço. Isso vem sendo acordado desde 2019, se chegou ao consenso dentro da lei 14.300. Então tecnicamente isso é o que vai acontecer” reforça Boschin. A cobrança que antes não existia pode vir a diminuir a atratividade dos equipamentos fotovoltaicos na visão do especialista, contudo Boschin afirma que isso não será suficiente para afetar o setor drasticamente ou colocá-lo em risco. O investimento apenas demorará um pouco mais para dar o retorno esperado.“Quando a gente institui uma cobrança que não existia, a gente tem uma redução da atratividade do investimento, mas de maneira alguma isso vai matar o setor, vai refrear a geração de energia solar. Por que? Porque do outro lado eu tenho uma tarifa de energia que só aumenta e em tese ela compensaria a introdução dessa cobrança e de outra forma o preço do equipamento solar também cai. Então isso quer dizer que a gente pode ter uma sensação de diminuição do mercado ou de resfriamento do interesse, mas isso jamais fazer com que o setor pare de instalar” afirma Boschin.Tecnologia solar fotovoltaica é totalmente dominante no mundo hoje E embora o risco da taxação do sol ainda preocupe muitos empresários, Boschin afirma que a tecnologia solar fotovoltaica é totalmente dominante no mundo hoje, bem como uma das melhores formas de gerar a própria energia de maneira barata e modular. Durante o CBGD 2022 várias oportunidades serão demonstradas ao público que deseja ingressar no mercado, bem como aqueles que já estão e precisam melhorar suas aplicações. A EXPOGD, por exemplo, permitirá que o público tenha uma amostra de todas as tecnologias já disponíveis, bem como aquelas que estão sendo desenvolvidas para atender o mercado no futuro. Um exemplo são os inversores híbridos, cujo a função permite gerar energia elétrica a partir do sol, bem como armazená-la para usá-la em outros períodos do dia. “Como a gente vai ter uma inserção da cobrança do fio, a maior tendência de aplicação do mercado vai ser aqueles consumidores que tem mais telhado e que fazem uso da energia no mesmo horário de geração. Em tese para quem tem maior consumo de energia diurno são esses os consumidores que vão continuar instalando energia fotovoltaica e vão até mesmo aumentar o uso de energia fotovoltaica” explica Boschin.Dentre as oportunidades neste caso e foram citadas pelo especialista estão a indústria, o comércio, shoppings centers, centros comerciais, galpões logísticos, centros de distribuições e também o consumidor que estará no mercado livre. CBGD 2022O Congresso Brasileiro de Geração Distribuída 2022 acontecerá entre os dias 09 e 10 de novembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O evento tem como objetivo discutir o atual cenário da Geração Distribuída com Fontes Renováveis de Energias na matriz elétrica brasileira, sob o enfoque de oportunidades de negócios, barreiras regulatórias, impedimentos jurídicos, tecnologias inovadoras, novos entrantes e perspectivas de crescimento.Mais informações sobre o evento, bem como Inscrições e a programação completa podem ser acessadas no site oficial https://www.cbgd.com.br/site/ Fonte: Canal Energy Storage
