O estado de Minas Gerais será palco do maior evento de geração distribuída do país nesta quarta-feira, 9 de novembro. O CBGD 2022 acontece no Expo Minas, em Belo Horizonte, bem como já possui mais de 4 mil participantes inscritos de acordo com a organização. A produção GD do estado Mineiro é a maior do país segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e sozinho o estado gera mais de 2 GW de energia através do sol. O evento, por sua vez, vem para debater o potencial gigante que o país vem tendo com o avanço da própria geração de energia pelo consumidor. Serão mais de 30 painéis, bem como 100 palestras sobre o tema. Nomes importantes do setor estão confirmados, bem como o apoio de instituições importantes do país como a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e Associação Mundial de Bioenergia (WBA). CBGD debaterá sancionamento da lei 14.300 - Marco Legal da Geração DistribuídaEm meio a nova legislação que norteia o setor de geração distribuída, o CBGD 2022 também busca trazer oportunidades e desafios apontados a partir do sancionamento da lei 14.300, a qual foi sancionada em janeiro de 2022 e entra em vigor no mesmo período em 2023. Na ocasião um painel exclusivo sobre assuntos jurídicos será ministrado. De acordo com Einar Tribuci, advogado especialista da Tribuci Advogados e um dos palestrantes do painel, o setor terá um impacto com o sancionamento da lei, contudo não será suficiente para afetar seu crescimento e isso será mostrado durante o evento a partir de dados. “De fato haverá uma redução no benefício atual, que se compensa a na proporção 1 x 1 todo montante de energia gerado e os custos com o transporte dessa energia. Porém, o número de consumidores que usufruem desse universo ainda é muito pequeno, motivo o qual nos leva a crer que ainda há muito espaço para a geração distribuída crescer. Segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética, até 2030 devemos ter aproximadamente 40GW instalados. Hoje temos próximo de 15 GW” afirma ele.Tribuci ainda reforça que nos últimos anos o setor GD obteve um crescimento exponencial, o que reitera seu crescimento para os próximos anos já que muitos projetos ainda serão implantados. Dentre as oportunidades, o especialista acredita que projetos junto à carga, bem como aqueles acoplados a baterias estarão entre as principais novidades. “Acredito que os projetos junto à carga, aqueles que se instalam junto ao ponto de consumo, que são os maiores responsáveis pela potência atual instalada de GD continuará de vento em popa, tendo em vista que o consumo energético só tende a aumentar por todos os consumidores em virtude do maior consumo de tecnologia, e que requer disponibilidade de energia. A GD acoplada a baterias também deve causar uma disrupção grande em nosso padrão de instalações e consumo de energia elétrica” finaliza. Fonte: Canal Energy Storage
