O setor de geração distribuída está crescendo consideravelmente no Brasil e com ele a adesão de cada vez mais carros elétricos também. De acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), os carros elétricos serão no futuro uma das mais importantes formas distribuídas de armazenamento de energia, uma vez que o crescimento na venda de veículos totalmente elétricos, ou seja, somente a bateria vem alcançando números recordes.Segundo Adalberto Maluf, presidente da ABVE, o país já conta com mais de mil unidades totalmente elétricas comercializadas por mês no Brasil e em tese será um número significativo de baterias. Maluf também reforça que o mercado está se consolidando cada vez mais, o qual vai muito além do carro elétrico.“O setor vem crescendo muito devido à consolidação desse ecossistema que vai muito além do carro elétrico. O carro, a infraestrutura de recarga, a energia renovável, é o aplicativo, a solução, um novo modelo de negócio. Então a gente tem cada vez mais um crescimento grande” afirma o especialista.Maluf comenta que o setor de eletromobilidade conta com três grandes tendências para o próximo ano, sendo a economia criativa uma delas a qual vê a mobilidade como um serviço, a energia elétrica como um serviço e também a infraestrutura de recarga como um serviço.“A gente já está falando dessa revolução há muito tempo e o carro elétrico no centro dessas mudanças tecnológicas do setor elétrico. A descentralização, a digitalização e o carro elétrico ocupando cada vez mais um papel seja porque ele é um ativo muito valioso, com muita tecnologia que as pessoas tem, seja porque ele faz parte dessa grande tendência” afirma Maluf.O especialista comenta ainda que os carros elétricos são oportunidades importantes no que diz respeito a geração distribuída. Um exemplo disso diz respeito a energia excedente, a qual poderá ser taxada em 2023, mas pode ser armazenada no veículo para que isso não aconteça.“A geração distribuída é uma das que mais cresce. O ano passado foi a fonte que mais cresceu em potência no Brasil. Então você está gerando na sua casa, o residencial tem algo como 50% de simultaneidade, se for comercial um pouco mais. Então o excedente que você gera de energia e eventualmente não vai colocar na rede porque você pode ser taxado por isso você pode armazenar no carro ou numa bateria de segunda vida. Então a gente usa esse excedente que teria da geração distribuída, você coloca em uma bateria ocupando muitos desses espaços e ao fazer isso o carro elétrico em tese poderia cumprir essa função, porque você vai estar na sua casa, no horário de pico o carro tira a rede para você não pagar uma tarifa maior” finaliza Maluf.Fonte: Canal Energy Storage