A produção de energia solar deu boom em 2022 no Brasil. O crescimento registrado por instituições do país como a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), mostra que a fonte bateu recorde e fechará o ano com 60% a mais do que o ano anterior.O último relatório divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) revela que a fonte solar alcançou a marca de 22 GW em dezembro, assim como parte da produção vem da geração distribuída, a qual é gerada a partir do próprio consumidor. Só a GD alcançou 16 GW de capacidade instalada, um marco histórico para o setor.Todo esse crescimento é visto pelas entidades como resultado da entrada em vigor do Marco Legal da Geração Distribuída no próximo dia 7 de janeiro de 2023. A partir da data as regras mudam e o consumidor que instalar o sistema GD em casa passará a ser cobrado pelo fio TUSD toda vez que precisar injetar a energia excedente a rede de distribuição. Contudo quem aderir o projeto até lá conseguirá um bom período de isenção, o que fez a corrida a favor do sol ser bem expressiva este ano.Embora o setor tenha criado esforços para prorrogar o prazo devido à falta de comprometimento tanto da Aneel como de algumas distribuidoras quanto ao prazo de adequações, o projeto de lei que previa a prorrogação não foi votado em 2022, o que fará com que a lei entre em vigor mesmo assim.Contudo as projeções do setor continuam em alta e a expectativa é que a GD dobre a produção até o último dia do ano e continue crescendo através de outras soluções já apresentadas pelo setor como a mobilidade elétrica e armazenamento de energia.Desde que foi instalada, a energia solar no Brasil já gerou mais de 22,3GW operacionais, assim como 113,3 bilhões de novos investimentos e também mais de 600 mil vagas de emprego ao Brasil. Em arrecadação, por sua vez, a energia através do sol foi responsável por 35,5 bilhões de tributos, bem como evitou a emissão de mais de 30 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, algo essencial para a descarbonização do país.Hoje a fonte solar, segundo a ANEEL, é a terceira fonte com mais capacidade instalada no país, perdendo apenas para a energia gerada a partir das usinas hidrelétricas e eólicas. Sobre a geração centralizada o país conta com mais de 80 GW de potência outorgada, assim como 304 bilhões de reais em montante estimado para os investimentos.Fonte: Canal Energy Storage
