A produção de energia limpa vem dando oportunidade para o desenvolvimento de outras tecnologias. Com a necessidade de armazenar energia para suprir a demanda energética das fontes renováveis intermitentes, assim como auxiliar na mobilidade elétrica, a bateria de lítio e a bateria de sódio estão ganhando cada vez mais notoriedade.Durante o 4º Energy Storage Brasil, Fernando Marcos, especialista da Usina da Itaipu, deu mais detalhes sobre a bateria zebra, aquela desenvolvida a partir do sódio. Na ocasião ele destacou seus benefícios para o mercado de armazenamento de energia e o quanto ela vem ganhando mercado diante de suas características para competir com a bateria feita do íon de lítio. Embora ela não seja a mais indicada para veículos elétricos, Marcos comenta que na Europa o equipamento é utilizado para trações de trens, assim como fez parte de um projeto pioneiro na Itaipu de eletrificação de frota e responde muito bem para a quantidade de ciclos até 20% de OD. Quando perguntado sobre os limites da rota tecnológica da bateria de íon de lítio e a realização de estudos sobre a densidade energética entre ambas as baterias, Marcos foi categórico em dizer que o sódio se aproxima muito do lítio, o que torna as duas tecnologias competitivas em termos de densidade energética e também em comparação de aplicação. O especialista afirma que a bateria de íon-lítio possui uma resposta mais rápida, contudo para aplicação em sistemas estacionários, a bateria de sódio apresenta um comportamento interessante que pode ser usado nas soluções. “Atualmente o sódio se aproxima muito do lítio se a gente pode observar a densidade energética por dinheiro, vamos dizer assim, da tecnologia e ela tem se aproximado cada vez mais do lítio conforme a tecnologia avança. Então elas são tecnologias que podemos dizer competitivas em termos de densidade energética e com comparação de aplicação. A lítio ela tem uma resposta de potência entregue mais rápida e melhor do que o sódio, só que para aplicação em sistemas estacionários a sódio ela tem um comportamento extremamente interessante. Ela não necessita geralmente de um pico de potência como a aceleração de um carro elétrico, por exemplo, e a gente consegue modular isso aí com a bateria de sódio” afirma Marcos. O especialista reforça ainda que a bateria de sódio vem para competir com o lítio, além das outras pegadas que ela tem de sustentabilidade, assim como de processos de fabricação já que possui materiais mais simples de se conseguir. Além disso, a reciclagem do equipamento também já possui uma rota de reciclagem definida, diferente da bateria de lítio. O especialista da Itaipu finaliza reforçando que ambas as baterias são bastante competitivas. O debate completo pode ser acessado no canal do YouTube do Grupo FRG Mídias & Eventos. Fonte: Canal Energy Storage