Políticas Públicas são essenciais para setor solar fotovoltaico e de armazenamento de energia no Brasil, diz especialista

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Tema foi abordado durante entrevista de Renato Garcia, Gerente de Negócios da Invest Minas ao Portal Brasil Solar.

A produção de energia renovável já é uma realidade no Brasil, contudo ainda está longe do projeto ideal para transformar a matriz elétrica mais sustentável. Embora o país já demostre certa preocupação, ainda assim é necessário que mais ações governamentais sejam criadas a fim de alavancar o setor solar fotovoltaico e de armazenamento de energia para com foco no desenvolvimento social e econômico do país.

Um exemplo de que mais políticas públicas são necessárias, por exemplo, vem do estado de Minas Gerais, região Sudeste do Brasil. O estado é hoje a maior potência verde brasileira devido às mudanças nas questões tributárias, bem como legislações que impulsionaram o mercado de geração distribuída no estado nos últimos anos.

Renato Garcia, gerente de negócios da Invest Minas, afirma que o estado de Minas Gerais hoje corresponde a 38,8% da geração centralizada, bem como é líder na produção de geração distribuída com 2.462 GW de energia através do sol. Tudo isso é resultado de uma série de fatores de sinergia entre si, segundo ele.

“Minas Gerais hoje responde por 38,8% da geração centralizada, se a gente considerar a potência total instalada é outorgada, e por quase 14% da capacidade instalada em geração distribuída. E esse percurso que Minas Gerais viveu, ele se deve a uma série, um conjunto de fatores que criaram sinergias entre si” explica Renato.
O especialista ainda reforça que a questão tributária e uma legislação amigável foram essenciais para os resultados que o estado tem hoje.

“A questão tributária, Minas Gerais foi um dos primeiros estados a organizar, foi o primeiro estado a formalizar uma legislação amigável para o investidor, amigável para a tecnologia e amigável para o meio ambiente. Além disso, a gente tem excelentes universidades, a gente tem uma mão de obra muito qualificada. Nós somos a casa do agro no Brasil, junto com o Goiás. Então, nós temos muita disponibilidade de terras, muitos resíduos, muitos recursos orgânicos, e a gente tem também uma tradição muito forte em metalurgia, siderurgia, em mineração. Então, a gente tem todos os entes necessários da cadeia produtiva, né? Inclusive, o nosso olhar para o futuro aponta para muito mais que isso, né? A gente pode ser o primeiro estado da América Latina no que tange a economia verde, porque a gente vai conseguir articular não só a transição energética a partir de uma cadeia de uma matriz já limpa, como é o nosso caso, né?” complementa ele.

Renato ainda ressalta que o estado é hoje um dos melhores casos do porque a política pública é importante. Além disso, ele também é um ótimo modelo de tudo o que deu e não deu certo para outros estados poderem construir suas legislações.

“O que eu posso dizer mais genericamente é que Minas Gerais é o melhor caso para a gente ver como que a política pública é importante. A gente foi o primeiro estado a fazer uma legislação que impulsionasse a energia solar e hoje nós somos os líderes em capacidade de produção, tanto centralizada quanto distribuída. Então, nada melhor do que o exemplo que Minas Gerais viveu. E a boa notícia é que como Minas Gerais já passou por esse percurso, já viu o que funciona e o que não funciona, a gente pode ajudar os outros estados a construir a legislação deles, né? A gente pode ser um modelo para apoiar ", finaliza ele.

Fonte: Canal Energy Storage

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