Desburocratização em investimentos de geração distribuída é importante para o setor

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Assunto foi debatido por especialista do BANDES durante o Fórum GD - Região Sudeste.

A produção de energia limpa através da geração distribuída tem atingido bons números no Brasil. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o país já gera 18GW e falta bem pouco para o setor ultrapassar essa marca. Contudo, embora os números sejam positivos, ainda assim é necessário focar na desburocratização em investimentos em GD, uma vez que a parte de financiamentos ainda é um tanto complicada no Brasil.

O assunto, inclusive, foi tema debatido durante a primeira edição do Fórum Regional de Geração Distribuída (Fórum GD Sudeste) em 2023, que aconteceu no início de março. Na ocasião, Marcos Navarro, diretor de negócios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) destacou que as instituições financeiras precisam, além de apoiar as indústrias e o setor produtivo, pensar na proteção do meio ambiente, bem como na questão custo-investimento, como é caso os investimentos fotovoltaicos solares.

Navarro explica como o Bandes atua no estado capixaba a fim de desburocratizar este processo e como seus resultados estão sendo positivos na desburocratização. Embora o setor ainda esteja longe de uma produção alta, como outros estados da região sudeste, o setor de GD vem ganhando força e incentivá-lo se faz necessário no Espírito Santo. O especialista explica que a instituição financeira busca oferecer crédito mais barato e alongado, assim como traz simplificação na análise de crédito, a qual hoje é uma das dores dos integradores do setor renovável.

“Nós também promovemos agora uma medida que desburocratiza o crédito. Isso é muito importante porque a gente sabe que quando você toma uma decisão de investimento, você quer ter agilidade na obtenção desse crédito é uma das medidas que nós tomamos, e que ela é significativa principalmente para os integradores, que eu acredito que vão ter vários aqui, é exatamente é linkar o financiamento ao laudo do integrador, ou seja, aquele laudo, aquele orçamento que é feito, aquela projeção e uma das exigências que era anteriormente feita, que o empresário teria que primeiro ter o parecer de acesso que é algo bem burocrático, nós então invertemos essa lógica” afirma Navarro.

O especialista explica ainda que a desburocratização acontece nestes detalhes financeiros também. Agora, pelo Bandes, por exemplo, é possível que o empresário que queira fazer um investimento em geração distribuída não comprove o parecer de acesso no início antes de conseguir o valor para o investimento, mas sim disponibilize o documento no decorrer do processo.

Navarro explica que as novas linhas criadas pela instituição, assim como as novas políticas públicas aderidas pelo Estado já vem colhendo bons resultados e o último levantamento criado mostra que foi possível dobrar a geração de energia no Espírito Santo.

A palestra completa do especialista pode ser acessada no canal do YouTube, do Grupo FRG Mídias & Eventos.

Fonte: Canal Energy Storage

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