Pesquisadores estão testando nanomaterial para armazenar energia

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Conversão de resíduos de plástico em nanomaterial fazem parte de pesquisa brasileira para tornar o processo mais sustentável.

O armazenamento de energia a partir de resíduos de plástico está sendo estudado por pesquisadores brasileiros. Na última semana, a Agência de Notícias FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, divulgou que um estudo para converter resíduos de plástico em nanomaterial para armazenar energia foi publicado na revista Waste Management.

Um dos pesquisadores, Luiz Fernando Gorup, professor da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), pontua que o objetivo do estudo é encontrar uma solução para o resíduo do plástico, o qual ultrapassou a capacidade global de lidar com esse tipo de resíduo devido à fabricação de cada vez mais produtos com ele.

Com cunho sustentável, o projeto visa a reutilização também de supercapacitores eletroquímicos (dispositivos para armazenamento de energia), de modo a não só dar uma destinação adequada do plástico, mas também aos dispositivos, uma vez que também seriam descartados de forma equivocada.

“O consumo de resíduos plásticos aumenta exponencialmente todos os anos, principalmente nos últimos três anos devido à pandemia da COVID-19. O rápido crescimento dos plásticos excedeu a capacidade mundial de lidar com este tipo de lixo. Assim, tornou-se uma preocupação ambiental substancial na sociedade moderna. Outra grande preocupação é o descarte inadequado de supercapacitores usados, levando a sérios impactos ambientais. Consequentemente, a ação crítica para resolver este problema é transformar o lixo em materiais de alto valor, como os supercapacitores de nanomateriais de carbono", explica o estudo.

A pesquisa ainda aponta que entre as metodologias utilizadas, a pirólise foi a que se destacou, uma vez que é mais simples, de fácil manuseio e também excelente para gerar materiais carbonáceos com diferentes dimensões (0, 1, 2 e 3D).

“A partir desta tecnologia, é possível criar novas oportunidades para a utilização de resíduos plásticos e outros tipos de resíduos para produzir materiais mais baratos à base de carbono para supercapacitores. Esta revisão tem como objetivo fornecer aos leitores uma visão orientada para a sustentabilidade em relação à reutilização de lixo plástico, discute as consequências ambientais de não fazê-lo e mostra soluções para resíduos plásticos", pontua o estudo.

O artigo ainda ressalta que o uso de supercapacitores para armazenar energia está cada vez maior, assim, o descarte de resíduos e componentes de fabricação no final da vida útil tornou-se uma questão importante, uma vez que são considerados equipamentos perigosos e que requerem tratamento específico.

O conteúdo completo pode ser acessado através do link: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0956053X23005354?via%3Dihub

Fonte: Canal Energy Storage

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