O Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil está empenhado em atualizar os contratos de renovação das concessões dos serviços de distribuição de energia elétrica, visando uma abordagem mais qualificada e um diálogo aprofundado sobre as condições dessas concessões. Ao menos é o que reforçou o ministro Alexandre Silveira, em declarações à imprensa, na última semana.Em entrevista a Globonews, Silveira destacou a necessidade crucial de uma renovação que leve em consideração não apenas os interesses das empresas, mas também os benefícios para a população e o desenvolvimento sustentável do país."Esse é o momento de renovação com as distribuidoras, para mostrar de forma clara que nós vamos corrigir aquilo que eu já venho falando de forma reiterada. Os contratos de distribuição com as distribuidoras quando foram feitos a 10, 15, 20 anos atrás, eles foram contratos muito frouxos que deram a liberdade na qualidade de prestação do serviço muito aquém daquilo que a população brasileira exige, por isso nós vamos corrigir agora na renovação" explicou Silveira.O ministro ressaltou a importância de um maior diálogo com todas as partes interessadas, incluindo instituições do setor de energia limpa, para garantir que as decisões tomadas sejam embasadas em argumentos sólidos e levem em conta as perspectivas de longo prazo. Ele enfatizou que a modernização das concessões deve ser guiada pela busca constante da excelência e da eficiência no setor elétrico brasileiro.O Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), por sua vez, reconheceu a disposição e abertura do Ministro Silveira para ouvir os argumentos do setor de energia limpa. Em suas redes sociais, a instituição expressou sua convicção de que a decisão do ministro demonstra seu compromisso genuíno com a melhoria contínua do setor elétrico brasileiro e com a promoção de fontes de energia mais limpas e sustentáveis."Trata-se de um pleito defendido pelo INEL (Instituto Nacional de Energia Limpa) nos últimos meses e que foi atendido pelo ministro, que compreendeu a importância de reavaliar a questão das concessões das distribuidoras e chegou ao entendimento de que o caminho não poderia seguir na direção de um processo de renovação automática" comenta o INEL."A participação das entidades representativas do setor, como o INEL, é fundamental para ampliar o debate sobre os temas centrais dessa atividade e atender aos interesses não apenas das empresas do segmento de energia limpa, mas também de toda a sociedade, ou seja, dos consumidores de energia elétrica no Brasil" completa a instituição.A atualização dos contratos de concessão de distribuição de energia elétrica representa um passo significativo na direção de um sistema energético mais moderno, eficiente e alinhado com as necessidades e desafios do século XXI.
