A transição energética é um desafio global que impacta todos os setores da sociedade. No Brasil, esse processo está em pleno desenvolvimento, e as empresas estão se adaptando e inovando para se alinhar às demandas por fontes de energia mais limpas e sustentáveis.Durante sua palestra no 23º Fórum Regional de Geração Distribuída (Fórum GD), que aconteceu em abril, em Curitiba, no Paraná, Gustavo Moraes, especialista da SFX Engenharia, abordou diversos aspectos desse cenário em constante transformação.Na ocasião, ele citou o exemplo de uma franqueadora de energia solar, que expandiu seu escopo de atuação para incluir outras dez opções de energias renováveis, todas orbitando em torno da energia solar. Essa mudança reflete uma tendência crescente no mercado, onde a energia solar já representa quase 18% da matriz energética brasileira, tornando-se a segunda fonte mais importante do país nesse aspecto, segundo o especialista. "Nossa matriz energética hoje, a solar já está chegando a 18% da matriz energética. Há bastante tempo nós já somos a segunda fonte brasileira nisso, com ranking de cidades, estados, onde o estado de São Paulo passou Minas, é o primeiro estado do Brasil" comentou ele.Além disso, foram apresentados casos de empresas que estão adotando práticas sustentáveis em suas operações, como uma indústria de fertilizantes que está iniciando o processo de certificação de carbono e uma indústria têxtil que instalou um sistema de energia solar em sua propriedade, recebendo reconhecimento e prioridade em negociações comerciais.Outro exemplo impactante foi o de um colégio em São Paulo, premiado como o melhor projeto de energia solar da América Latina. Além de implementar energia solar em suas instalações, o colégio promoveu palestras sobre sustentabilidade para seus alunos, engajando toda a comunidade escolar nesse importante tema.A diversificação das fontes de energia também foi destacada por Moraes. Ele citou modelos inovadores de geração de energia, como a utilização de energia solar em rodovias e estádios, e o surgimento de novos modelos de negócios, como a energia por assinatura, que permite aos consumidores compartilhar a geração de energia renovável e obter descontos em suas contas de energia."A gente está trazendo novos modelos de negócios como a energia por assinatura, que são as usinas que fazem a geração compartilhada e gera aí um desconto na conta de energia, sem obras. Você consegue fazer uma aquisição rápida" explica o especialista.Além disso, Moraes também pontuou as oportunidades emergentes no mercado de veículos elétricos, com o Brasil se preparando para um crescimento significativo nesse setor. A instalação de pontos de recarga e a produção de hidrogênio verde foram apontadas como áreas de grande potencial de crescimento e investimento."O Brasil tem condições hoje de produzir o hidrogênio verde, aquele que geralmente vem de fontes renováveis, principalmente da eólica e da solar. Conseguir produzir esse hidrogênio verde a quatro vezes mais barato do que se consegue produzir hoje na Europa. Então o hidrogênio verde hoje aqui no Brasil ficaria igual ou até um pouco menor do que o hidrogênio cinza. Por isso que realmente a gente pode se tornar uma potência nisso" destaca Moraes. Por fim, o especialista destacou a importância do crédito de carbono como ferramenta essencial para incentivar a adoção de práticas sustentáveis e compensar as emissões de carbono. Empresas que investem em energia solar podem se beneficiar não apenas economicamente, mas também através da certificação de carbono, que agrega valor ao seu negócio e contribui para um futuro mais sustentável, segundo ele. A palestra completa do especialista pode ser acessada no canal oficial do Grupo FRG Mídias & Eventos, no YouTube pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=ZRweOMRRO9g&t=604s
