Microgeração distribuída e baterias são destaque no novo caderno do PDE 2035

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Publicação projeta crescimento da geração distribuída e destaca papel estratégico das baterias no avanço da transição energética brasileira.

O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançaram, em 1º de agosto, o Caderno de Micro e Minigeração Distribuída e Baterias Atrás do Medidor, parte do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035).

A publicação projeta um avanço expressivo da geração descentralizada e do uso de sistemas de armazenamento no Brasil até 2035, com foco na modernização da matriz elétrica.

O documento estima que a capacidade instalada da micro e minigeração distribuída (MMGD) pode alcançar entre 61,4 GW e 97,8 GW, a depender do cenário, com até 9,5 milhões de consumidores aderindo à modalidade.

O cenário de referência indica 78,1 GW instalados e 12,1 GW médios de geração. A fonte solar segue como principal vetor da expansão, com destaque para o segmento residencial, favorecido pela Lei nº 14.300/2022.

Outro ponto relevante do estudo é o avanço das baterias instaladas atrás do medidor. A redução nos preços das baterias de íon-lítio, registrada em 2024, abre espaço para sua viabilidade econômica em aplicações comerciais, industriais e residenciais.

Esses sistemas podem substituir geradores a diesel em horários de pico e ampliar o autoconsumo em instalações fotovoltaicas. A depender da evolução regulatória e da redução de custos, o mercado de baterias residenciais pode superar R$ 200 bilhões em investimentos até 2035.

O caderno reforça a importância de políticas públicas coordenadas, regulação atualizada e incentivos adequados para viabilizar uma transição energética eficiente e descentralizada. Ao reunir dados e projeções, a publicação busca apoiar decisões estratégicas do setor público e privado.

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