Estado de São Paulo assume liderança na produção de Geração Distribuída no Brasil

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Até o momento quem liderava era Minas Gerais, contudo números mudaram na última semana conforme dados da ANEEL.

A produção de energia através da micro e minigeração distribuída alcançou bons números na última semana. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) o setor alcançou a marca de 20 GW na última terça-feira, 11 de abril, sendo assim o segundo maior responsável por gerar energia no Brasil.

Além do crescimento no número de potência instalada, o setor também teve novidades na liderança dos estados produtivos. Isso porque até o momento quem liderava o segmento era Minas Gerais. Contudo, com o novo crescimento anunciado, o estado de São Paulo assumiu a liderança e hoje é responsável sozinho por 2,725 GW de energia, enquanto Minas vem logo em seguida com 2,722GW.

Segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) o boom de São Paulo aconteceu em 2023, onde o estado acrescentou 238,6 megawatts (MW) de potência ao sistema elétrico brasileiro, enquanto Minas Gerais agregou 142,5 MW. Em nota, Guilherme Chrispim, presidente da ABGD, destacou que o estado paulista já havia passado em números de unidades consumidoras em janeiro, sendo assim questão de tempo para que o número de potência também ultrapassasse a marca alcançada por Minas.

“São Paulo vem crescendo consideravelmente nesse segmento e era questão de tempo até se tornar líder nacional em capacidade instalada. O Estado também é a localidade que mais possui usinas de microgeração e minigeração distribuída, totalizando quase 300 mil unidades ", explica Chrispim.

O especialista também destaca que os sistemas de geração própria de energia estão presentes em todos os 645 dos municípios paulistas, sendo a capital a cidade com maior volume de potência instalada (91,4 MW). Já o consumo residencial, por sua vez, é o mais predominante no momento no estado, onde as instalações respondem por 1,4 GW.

Um dos resultados para o crescimento expressivo em São Paulo segundo a ABGD vem da mudança do regulamento de ICMS, o qual beneficiou a competitividade. Chrispim ressalta que São Paulo rompeu a marca de 1GW em outubro de 2021 e em pouco mais de um ano conseguiu dobrar sua capacidade de geração própria de energia.

“Recentemente, o governo paulista alterou o regulamento do ICMS de serviços relacionados à bioenergia para fomentar o uso de combustíveis renováveis e aumentar a competitividade na região. Com isso, o estado passou a ter a mesma competitividade nos benefícios tributados que os demais estados do Sudeste ", pontua o especialista.

Ele ainda complementa que a produção solar hoje é a mais utilizada pelos prossumidores paulistas, sendo seguida pelo uso de Mini e micro termelétricas (UTE) e Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH.

“Nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios do setor. Precisamos aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos” finaliza Chrispim.

Fonte: Canal Energy Storage

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